Atualmente o setor de móveis tem evoluído bastante. No entanto, se voltarmos ao passado podemos identificar que essa grande ascensão se dá pela abertura comercial promovida pelo governo brasileiro no início da década de 90.
Neste período, algumas empresas exportadoras apostaram muito na compra de novos equipamentos de alta tecnologia, renovando o parque de máquinas do setor.
Principais fatores que marcaram a mudança do setor de móveis
Abertura da economia e a ampliação do mercado interno
Durante os quatros primeiros anos do Plano Real, a política de sobrevalorização do câmbio proporcionou uma espécie de aumento nas importações de diversos produtos .Entre eles, os móveis de qualidade superior e preço inferior aos praticados no mercado nacional.
Após o aumento da concorrência com produtos importados, o setor de móveis nacional começou a investir fortemente no aperfeiçoamento de seus processos produtivos, tendo como referência produtos com uma qualidade superior.
Para isso, contou com ajuda do governo brasileiro, que reduziu para zero a alíquota para importação de máquinas e equipamentos. Além disso, procurou a melhor maneira para enfrentar a concorrência.
Enquanto ocorria a reestruturação dos processos produtivos, algumas das principais empresas que fazem parte do setor de móveis nacional, iniciaram também um investimento na valorização de seus produtos. A ideia foi fortalecer um mobiliário nacional frente à concorrência dos importados.
Assim, a preocupação com treinamento de pessoal e com a qualidade dos produtos vendidos, começou a ser compartilhada entre os principais produtores do Mercado Nacional por meio da ABIMÓVEL.
Logo, em 1997, lançaram um programa denominado “Valorização do Mobiliário Nacional”, que tinha como finalidade alcançar os objetivos da melhoria na qualidade da produção e dos serviços prestados pelo setor.
Introdução de novos consumidores
Após ser promovida a desvalorização cambial pelo governo brasileiro no início de 1999, o setor de móveis passou a atuar com novo fôlego.
Isso foi feito aproveitando os resultados alcançados com as mudanças estruturais e operacionais efetuadas durante os últimos anos, a fim de consolidar sua posição no mercado brasileiro. Além de possibilitar uma competição de forma mais expressiva no mercado internacional.
Já em 2000, tendo a caixa de câmbio mais estável e uma recuperação econômica geral, o setor voltou a apresentar um bom crescimento.
Baixo custo da madeira reflorestada
Após o aumento das exportações, a indústria promoveu sua capacidade de produção e aprimorou de forma significativa a qualidade de seus produtos, sem que isso significasse o aumento dos lucros na mesma proporção.
Então, a indústria começou a investir na modernização da tecnologia e na adaptação de design, com objetivo de atender aos consumidores dos países europeus.
Hoje, a exportação brasileira é caracterizada como opção de terceirização na mão de obra e venda de matéria-prima aos países economicamente desenvolvidos, cujo o design dos móveis é do cliente e não do fornecedor.
Nesse contexto, a produção nacional não possui um valor agregado sem significativo, sendo, dessa forma, remunerada a taxas mais baixas.
Por outro lado, a agregação de valor se dá através de um design mais evoluído, sendo um dos objetivos dos investimentos do setor de móveis do Brasil.
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