A quinta edição do Projeto Comprador na Movelsul reuniu 25 importadores e mais de 100 empresas em 500 rodadas de negócios entre expositores da feira e importadores previamente contatados.
Os resultados não são mensurados à curto prazo já que muitos negócios por vezes levam tempo a se concretizar, mas são facilmente contabilizados pelas empresas. ?Graças ao Projeto Comprador abrimos mercado no Chile há seis anos e desde então o cliente vem nos comprando mensalmente?, conta Diana Dalla Costa, da Móveis Ferrarte de Bento Gonçalves-RS. Nos contatos efetuados nesta edição em 10 reuniões de negócio do projeto Comprador, a executiva aposta nos contatos com a África do Sul, Venezuela, Bolívia e Republica Dominicana .
Uma das exigências desta edição foi selecionar importadores que nunca haviam participado do projeto, com o objetivo de ampliar mercados no exterior. Mas como a defasagem cambial e o aumento da matéria-prima no país pressionaram os preços, alguns mercados ficaram impraticáveis. ?Em função destas duas variáveis os preços subiram até 40%. Em países com moeda equiparada ao dólar a competitividade fica impraticável?, afirma Clóvis Pires, que representou a Estobel, fabricante de estofados de Farroupilha-RS. Segundo ele, no Equador e Venezuela há ainda a concorrência com os móveis da China e Malásia. No Projeto Comprador, a Estobel fechou negócios com a Argentina e vê boas perspectivas com importadores de Curassau.
Importando móveis do Brasil há 12 anos e participando do Projeto Comprador pela primeira vez, Igor Lubkov buscou alternativas de design e melhores preços para abastecer uma rede de 11 lojas no Equador que vende desde móveis populares a clássicos. ?Acredito que vamos fechar negócios com três empresas das 12 contatadas hoje. Temos a limitação dos preços que não estão muito interessantes em função da desvalorização do dólar perante o real?, confirma o importador, que no ano passado negociou US$ 7 milhões em móveis brasileiros.
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