Impulsionada pelo consumo interno, por um cenário favorável aos investimentos e com demanda externa aquecida, a economia brasileira crescerá 5% no próximo ano. A expansão será liderada pela indústria, que terá um crescimento de 5%, superior aos 4,8% da agropecuária e os 4,5% do setor de serviços. As previsões estão no documento Economia Brasileira Desempenho e Perspectivas, divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o estudo, o consumo das famílias terá um incremento de 6,2%. “Assim como em 2007, a demanda interna terá importância fundamental no crescimento da economia em 2008”, afirma o documento. O consumo interno será aquecido pelo emprego e o aumento da renda das famílias. A previsão da CNI é que a taxa média de desemprego atingirá 9% da população economicamente ativa, abaixo dos 9,5% estimados para 2007 e dos 10% registrados em 2006.
Os técnicos da CNI também prevêem que 2008 será um bom ano para os investimentos, que devem crescer 14%. “A pequena ociosidade no parque produtivo aliada à continuidade do crescimento da produção induz o investimento privado”, diz o estudo. Na média de janeiro a outubro deste ano, as empresas operaram com 82,2% de utilização de capacidade instalada, número 1,7 ponto percentual superior ao do mesmo período de 2006.
Além disso, o documento prevê um crescimento expressivo do investimento público, porque 2008 será um ano eleitora. “As eleições municipais favorecem a expansão do número de obras públicas”, afirma o estudo. Os técnicos da CNI lembram que as obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também devem contribuir para a expansão dos investimentos.
Cenário externo é outro fator positivo para o Brasil. Na avaliação dos técnicos da CNI, o impacto da crise do mercado hipotecário sobre a economia americana será menor que o estimado inicialmente. “Os sinais atuais vão para a direção oposta: de um desaquecimento menos intenso, com impacto reduzido sobre a economia mundial”, afirmam.
As estimativas apontam que os países emergentes, especialmente China, Índia e Rússia, manterão o crescimento de 10% ao ano. Com isso, aumentará a demanda por commodities metálicas e agrícolas, incrementando as exportações e a produção brasileira.
Fonte – Empreendedor