Maior feira do setor moveleiro da América Latina abriu hoje (26/3) e encerra na próxima sexta-feira (30/3)
Festejos e reivindicações. Foi nesse clima que começou, oficialmente, a Movelsul Brasil 2012, maior feira do setor moveleiro da América Latina. Até sexta-feira (30/3), 327 expositores mostrarão suas criações, lançamentos e principais produtos aos cerca de 35 mil visitantes, que devem passar pelos pavilhões nos cinco dias de programação. No evento que pretende festejar um faturamento de cerca de R$ 300 milhões em negócios, também se discute o futuro da indústria e os rumos da política industrial do Rio Grande do Sul e do país.
Atender as necessidades e anseios de um público que recentemente ganhou potencial de consumo. Este foi o desafio apresentado pelo presidente da Movelsul, João Paulo Pompermayer. Segundo ele, mais de 100 milhões de brasileiros ascenderam socialmente nos últimos anos, passando a integrar a nova classe média. “Já entendemos esse fenômeno, que estamos enfrentando com novos parques industriais e com investimentos em inovação, tecnologia e design. A prova de que estamos aptos a oferecer o produto ideal a esse público está aqui, nos pavilhões da Movelsul”, destacou.
Para mostrar na prática o que a indústria moveleira de Bento Gonçalves vem desenvolvendo para atender as expectativas da nova classe média, foi montado, dentro da feira, um apartamento de 60 metros quadrados, exatamente nas medidas dos imóveis financiados pelo programa Minha Casa Minha Vida. Segundo Pompermayer, móveis de qualidade aplicados em cômodos bem projetados são capazes de agradar aos olhares mais exigentes, como é o caso do novo consumidor.
A presidente do Sindmóveis, Cátia Scarton, afirmou que uma das missões da entidade é pautar a indústria moveleira nacional. Para ela, ao darem prioridade ao investimento em design e inovação, os 300 associados do sindicato comprovam que qualidade, versatilidade e funcionalidade são os elementos que realmente conquistam o consumidor da nova classe média. Mostram, assim, o caminho para o crescimento no mercado nacional.
Cátia aproveitou ainda para reivindicar demandas antigas do setor, que ainda travam o crescimento dos moveleiros. Uma das mais urgentes, segundo ela, é a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), medida que seria capaz de reduzir custos e, assim, alavancar o consumo. O excesso de tributos que tira a competitividade dos móveis brasileiros no mercado internacional também foi alvo de protesto. Por fim, ela pediu o apoio das autoridades políticas presentes para que o mobiliário também seja financiado pelo programa Minha Casa Minha Vida. Segundo ela, com mais crédito para a aquisição de móveis, o setor será impactado imediatamente.
O presidente do Badesul, Marcelo Lopes, que representou o governador Tarso Genro, o ministro interino de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, e o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Postal, se manifestaram sobre as reivindicações do setor. Todos garantiram que trabalharão em favor das demandas do setor moveleiro, consideradas urgentes para garantir o crescimento da atividade no Rio Grande do Sul e no país.
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