O polo moveleiro de Bento Gonçalves começou a semana projetando os impactos da Medida Provisória 843/2018, aprovada na última semana pelo Senado Federal e que institui o Programa Rota 2030, que dispõe sobre pautas consideradas prioritárias para o setor produtivo.
Para o setor moveleiro, o principal deles é a reinclusão na desoneração da folha de pagamento. Com a sanção presidencial, que deve ocorrer nos próximos dias, a indústria de móveis volta a ter o incentivo até dezembro de 2020.
A articulação política contra a reoneração da folha de pagamento foi da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), com apoio de empresários locais. Desde maio passado, vinha-se buscando reverter o veto presidencial que cortou o benefício de 39 setores produtivos.
A reoneração da folha representava mais um em trave à competitividade do setor, já impactada por questões como aumentos no frete, na energia elétrica, no custo das chapas, logística prejudicada pela condição da malha rodoviária, etc.
O presidente do Sindmóveis, Edson Pelicioli, pontua este como o retorno de mais um incentivo que a indústria perdera recentemente e que pode impactar na confiança do empresário.
“Essa articulação mostra, mais uma vez, a importância do associativismo e como é crucial manter as entidades fortes e coesas”, frisa Pelicioli.
Com a desoneração, as indústrias moveleiras passarão a recolher a contribuição do INSS sobre a receita, em substituição ao percentual de 20% sobre a folha.
Isso representa o equivalente a 2,5% da receita bruta, excetuando valor da venda de exportação direta, pagamento de IPI, devoluções e descontos. A medida beneficia especialmente as empresas com produção menos mecanizada e com alto índice de mão de obra contratada.
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